- O SENHOR DESINTEGROU O EINSTEIN, DR.! Nossa, que irônico, isso. Ficou parecendo eu
tentando preparar pipoca, com a diferença que o estrago aqui foi menor...
- Não, meu amigo! As estruturas moleculares de ambos,
Einstein e o carro, estão intactas!
- Mas então onde eles estão?
- Onde não, Marty, QUANDO estão?
- Quando?
- EXATO!
- Quando é que EU vou entender as coisas que o senhor faz,
isso sim? É como tentar entender porque eu assisto tv, faço sem pensar muito a
respeito e pronto.
- Eu mandei o meu fiel amigo pro futuro! Cinco minutos no
futuro, pra ser mais exato!
- Um minuto? Nem vai dar tempo de ele ver muita coisa. Que
maldade, quer dizer, não tão ruim quanto desintegrá-lo. Se bem que ele não vai
poder contar o que viu. A não ser que o senhor tenha inventado algo para
fazê-lo falar.
- Fiz isso para ver se a máquina do tempo é segura para nós,
Marty, para podermos visitar o futuro, amigo! Imagine só as invenções incríveis
que testemunharemos! A descaroçadeira de abacate, o desacidificador de laranja,
o trimetizador plônico!
- Hein? O que é isso, Dr.?
- Não faço ideia, Marty, ainda não foi inventado.
- Ahn. Entendi. Só uma dúvida, Dr., a sua presença no futuro
não irá causar uma perturbação lá, tipo uma pedra que você atira na água e...
- As ondas criadas por ela atingem o lago inteiro? Muito
bem, meu amigo!
- Hein? Não, nada disso! Eu ia dizer que a pedra pode, sem
querer, atingir um peixe e deixá-lo com raiva de você pra sempre. E peixe
raivoso não deve ser uma coisa boa de se ver. Não que eu já tenha visto um. Se
bem que... Acho que ninguém viu porque... Ninguém sobreviveu pra contar a
história! Nossa...
- Psicologicamente notável, porém cientificamente improvável,
amigo. O que eu quero dizer é que qualquer perturbação no objeto de estudo pode
vir a provocar alterações nele próprio, entende?
- Então como você vai fazer? Vai usar uma camiseta escrito “Sou
do passado, mas sou legal”?
- Irei apenas observar com cuidado as mudanças ocorridas,
como...
- A destruição da camada de ozônio e a escravização da
humanidade pelos ets? Eu sempre soube que isso ocorreria algum dia... Não é
melhor levar alguma arma, nem que seja para a sua defesa própria, Dr.?
- Minha mente é minha melhor e única arma, Marty. E não
creio que tais calamidades venham a ocorrer, mesmo porque, não há motivos para ets
serem malignos, já que, teoricamente, controlariam uma tecnologia muito
superior à nossa.
- Superior a uma
máquina do tempo? Acho difícil, hein?
Você poderia ver se lá no futuro alguém já conseguiu resolver os grandes
enigmas da História, como...
- A possível – e pouco provável – existência de Atlântida?
Como os atores do passado, como Charles Chaplin e Buster Keaton conseguiam
fazer seus filmes sem irem parar num leito de hospital? Porque Clint Eastwood
fazia aquela imitação de Popeye nos filmes de faroeste dele?
- Não, nada disso. Pra essas coisas você pode usar a máquina
e viajar pro passado pra descobrir. Eu me refiro a enigmas mais atuais como a resolução
do cubo mágico e o final do jogo Space Invaders.
- Bem, acho que cada época possui seus próprios enigmas. Eu
só tenho que cuidar para não causar uma fissura no tecido da realidade, ao me
encontrar com meu eu futuro. O Universo possui suas próprias leis, e não temos
escolha senão obedecê-las.
- Nossa, mas que barra pesada, Dr..
- Poe pesada nisso, Marty.
- E não é perigoso agir assim, desrespeitando as regras,
Dr.?
- Regras? Quando produzimos conhecimento não
precisamos... De regras.
Quando se produz conhecimentos, se quebra regras não por desrespeito, mas pela inutilidade que elas se mostram.
ResponderExcluirUm diálogo e tanto Jacques, creio que tem que realmente agarrar ao presente pra gente não devanear muito sobre o futuro, afinal cada tempo no seu tempo.
Adorei Jacques!
Bom domingo pra você querido.
beijokas doces
Oi Jacques,
ResponderExcluirGrande texto, relembrando esse clássico do cinema.
Falar em regras na hora de produzir conhecimento parece limitador, mas essas regras devem existir para o uso desse tal conhecimento adquirido. É a chamada ética. Até onde vai o limite do que eu posso fazer com o que descobri?
"Um grande poder trás grandes responsabilidades"... Ah, pera, filme errado!
Mas acho que tá valendo.
Abração e bom domingo.
Se você for pai ou tem.
ResponderExcluirAmigo
Passando para te desejar um Feliz Dia dos Pais.
Pais são importantes na caminhada dos filhos. São o reflexo, a luz que guia pela estrada a ser percorrida. Se faltam fica o vazio, mas a mãe orienta como um pai. O importante é não abandonar e sempre amar os filhos, muito mesmo.
Um beijinho
Ana Brisa
Tenho muito medo de encontrar um dia com um peixe raivoso.
ResponderExcluirÉ uma verdade o que você diz - Quando produzimos conhecimentos não precisamos de regras.
As regras atrapalha o crescimento da evolução.
Um lindo domingo.
beijos!!!
Jacques, guri de Pelotas!
ResponderExcluirParabéns! Cada vez melhor!
Fiquei aqui na sessão nostalgia: Marty Macfly e 'De volta para o futuro' - assisti pela primeira vez ainda naqueles cinemas de rua, aqui no centro de Porto Alegre, com tela GIGANTE! Maravilha! Acho que isso foi em 1986... Recordo que eu e minha irmã fomos na distribuidora dos filmes tentar conseguir o cartaz, que fosse um amassadinho, mas... *-* Depois assisti muitas vezes mais, mas o primeiro foi o melhor de todos, em minha opinião, e o Delorean um personagem à parte! Que carro! (senão me engano foi neste ano que faleceu o designer desse automóvel).
Indo para o texto: perfeito! Achei interessante que para quem assistiu o filme, muuuitas vezes como eu, perceberá que tu mantiveste, de certa forma, a característica dos personagens, a 'alma' deles no diálogo.
'Quando produzimos conhecimento não precisamos de regras' - o conhecimento muitas vezes advém da quebra de regras, mas a sistemática auxilia no implemento desse conhecimento, o que não significa, em minha opinião, seguir regras, mas ter por base uma forma pessoal de alcançá-los.
Lembrei também de uma fala do personagem Mcgyver, algo do tipo: 'é melhor não fazer planos, assim é mais fácil que as coisas deem certo'.
Para se pensar, apenas.
Abração e ótimo dias dos pais para ti e família!
Sempre genial meu caro amigo Jacques!
ResponderExcluirVocê tocou em uma questão bem pertinente, se os avanços tecnológicos que alcançamos podem de fato serem considerados uma evolução. Gostei da parte em que você escreveu " não há motivos para ets serem malignos, já que, teoricamente, controlariam uma tecnologia muito superior à nossa", é realmente interessante considerar que um real avança seria aquele capaz de nos tornar menos malignos...
Jacque..... Guri de pelotas...rsrs
ResponderExcluirTu é por demais engraçado nas tuas escritas...
Produzir conhecimento não precisa de regras... demais isso..
só esta frase renderia outro post.
Um feliz dia dos pais... que voce continue sempre nos
brindando com teus textos sempre tão alegres e ao mesmo tempo
com boas mensagens nas entrelinhas.
Bj....
Ola Jacques, cara eu simplesmente viajei aqui lendo essa parte do roteiro do filme que foi excluída, até entendo o porquê, é muita informação, e como sempre a grande elite não quer que o povo pense.
ResponderExcluirVlw pela dica do site, eu não tenho perfil lá não, mas vou dar uma olhada.
Abraços
Olá!Boa noite!
ResponderExcluirTudo bem, Guri de pelotas (3)?
Jacques!
Sempre engraçado e inteligente!
Eu, também, vi muita semelhança , em sua essência,entre os seus diálogos e os do filme propriamente dito,
Ah...sim...na produção de criatividade não pode haver SEMPRE regras, pois precisamos de utopias e um olhar que
entenda tudo como não impossível, mas como imediato e episódico...
Obrigado!
Boa semana!
Abraços
Oi Jacques
ResponderExcluirEu adoro essa trilogia, com seus diálogos, ficaram ótimos, não tem como não dar boas risadas. É muito bom ver a sequência, quando pensamos a resposta que vem a seguir, daí vc vem com uma resposta totalmente diferente como a da pedra que acerta o peixe, muito bom. Esse filme marcou minha geração. Quem não queria ter um skate que voava? Adorei!
Bjão. Fique com Deus!
Oiee Jacques , boa noite!
ResponderExcluirAo ler os teus diálogos, me veio a lembrança as tantas e tantas vezes que vi Marty Macfly no "De volta para o futuro" na sessão da tarde, o eterno "Vale a Pena Ver de Novo",da Rede Globo, com as crianças. Eu adorava. Minha imaginação futurista viajava.
Mas imaginação futurista tem você, meu amigo, com seus diálogos super inteligentes.
Linda noite pra ti...
Bjosss da Lu...
Oi Jacques! Fazer coisas no piloto automático, sem pensar, é o que está mais próximo de muitos. Apostar na sabedoria para acertar na política não tem sido fácil. Porém, é preciso insistir. Por isso gosto daqui. Abraço!
ResponderExcluirdelícia de filme, adoro!
ResponderExcluirAmigo Jacques,
ResponderExcluirSeu episódio da série está muito interessante, além do divertimento de sempre, e que nos demonstra que mexer com o passado e o futuro não resolve nossas questões existenciais nem egocêntricas.
Há coisas mais importantes no presente para nos preocupar como aedes aegipty, bicudo barbeiro e H1N1 (rs).
Eu me diverti muito aqui, amigo.
Abraços!
Jacques, meu amigo! Seja sempre bem-vindo!Obrigada pelo carinho e pelo comentário gentil! Belo texto! Adorei a frase "Regras? Quando produzimos conhecimento não precisamos... De regras."
ResponderExcluirPosso pedir teu voto pra minha gatinha
Praguinha Nenê, que está participando
do 6º Concurso Animal Virtual e já está
lá no blog?
Quinta e sexta-feiras iluminadas!
Um abençoado e feliz final de semana!
Abraço fraterno e carinhoso!
Elaine Averbuch Neves
http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/
Querido Jacques!
ResponderExcluirCara, mais uma vez parabéns pela criticidade inserida dentro do diálogo-conto. Quanto a relação presente-futuro, eu colocaria que os homens se preocupam demais com esse tal "futuro" ou porvir, enfim, ao passo que os problemas vigentes ficam aí abandonados. Quer dizer: já que homem se interessa tanto pelo futuro, por que ele não cuida melhor do presente para alcançar este futuro tão idealizado? Um exemplo atual seria o envio de robôs aos planetas vizinhos. Isso é uma demonstração que este homem tecnológico que visa tanto o avanço, até o ponto de se debandar de sua esfera terrestre, do mundo que este sim deveria estar sendo sanado. Simplesmente ridículo.
Grande abraço Jacques!
Olá Jacques, você é muito legal!
ResponderExcluirObrigado pelas palavras de incentivo e pelo apoio!
Um abração.
Olá Jacques é sempre uma alegria recebe-lo em meu blog, agradeço os comentários. Verdade o que você escreveu lá: "Na internet não conhecemos a pessoas, mas conhecemos a alma da pessoa." É um fato.
ResponderExcluirAmigo adorei seu post, este dialogo de presente e futuro é muito show. Te confesso que não sou muito adepta a regras, necessárias em algumas situações, atrapalha em outras. Quem não gostaria de ver o seu futuro e consertar os estragos voltando ao passado, tantas questões que poderiam ser melhoradas, dentro desta utopia gostaria sim, mas nada como o imprevisível e a surpresa do que há de vir em nosso caminho.
Um maravilhoso fim de semana, beijinhos.
Oi Jacques!
ResponderExcluirTudo bem, amigo?
Estas tuas cenas excluídas do cinema, fazem-nos reflectir sempre. Seja que filme for, o assunto é sempre actual.
Vou contar-te um segredo. Sou estudante de astrologia e faço consultas. Apesar de poder prever o futuro, certas situações na vida eu não gosto dessa parte da astrologia. O que eu gosto nesta ciência é ajudar a pessoa conhecer-se a si mesma, a compreender a sua existência e aceitá-la.
Pessoalmente, não faço previsões para mim. Não gosto de saber mais do que me é necessário. Sou de opinião de que não é bom conhecer o futuro. Quando procuramos esse saber mais, esse futuro muda porque a nossa actitude também muda e ao invés de conseguirmos alcançar aquele sonho, esse afasta-se de nós.
Por isso, ir numa máquina do tempo com o DeLoren e mesmo sendo o DeLoren, devemos pensar muito bem.
O mundo é bola girando sem parar e nada na vida é definitivo, a mudança é a nossa chance de ser feliz, mesmo que tenhamos de procurá-la.
Obrigada pelo comentário e pela visita.
Em relação às HQ's, não te preocupes uso o pdf24. Só tem um senão, as conversas nos balões não ficam bem legíveis... :/
Quanto ao conto, para mim tudo passa pelo sentir. Sem isso não consigo escrever.
Abraço,
Cris Henriques
http://oqueomeucoracaodiz.blogspot.com
Olá, Jacques!
ResponderExcluirAcho que você acabou de desvendar a grande charada da nossa humanidade. Produzir conhecimento para violar as regras e desobedecer as leis do universo. É dessa vontade que vem a força inventiva do homem. É por isso que chegamos até aqui!
Texto bem interessante! Gostei muito.
Beijos
Não fossem as regras quebradas pela ousadia de poucos, ainda estaríamos no passado, em muitos aspectos. Creio que elas devem ser objeto de análise no presente, sem necessidade de se ir ao futuro para ver os resultados. Como não podemos mudar o passado, apenas usufruir dos conhecimentos adquiridos, melhor não antever o que contém o futuro, tentando adquirir, no hoje, a sabedoria para vivê-lo, com verdade.
ResponderExcluirVocê mostra grande delicadeza em suas visitas. Obrigada. E meus parabéns por mais esse diálogo reflexivo. Bjs.
Oi Jac,
ResponderExcluirTudo bem? Chegando tarde, mas a semana foi daquelas, que merecia não de volta para o passado, mas correndo ao futuro. Gostei da sua frase que fala da placa que o passado era legal. Se analisarmos friamente, não há como se avaliar futuro ou passado, mas apenas o presente, pois é aqui o lugar da chamada realidade.
Bom final de semana!
Lu
Quanta diversão num diálogo, não é a toa que virou clássico.
ResponderExcluirGostei daqui. Visita-me?
;D
Visitinha de sexta-feira.
ResponderExcluirSaudações!
Carla Fernanda
Oi Jacques
ResponderExcluirEste filme é incrível, no primeiro, aquela cena inicial quando os Líbios chegam atirando e o carro vai para o futuro é inesquecível.
Sua crônica lembra muito o tom do diálogo dos dois personagens no filme, com uma boa sugestão de reflexão: Quando se produz conhecimento não precisamos de regras. As descobertas todas foram feitas quebrando regras, elas só nos servem até criarmos uma nova e no entanto desrespeitá-las trás sempre prejuízos, talvez um sinal de que tudo tem seu tempo e, só se pode quebrar uma regra se for para colocar outra em seu lugar.
Adorei o slogan da camiseta: "Sou do passado, mas sou legal" rsrs
Abraços!
ResponderExcluirOlá Jacques,
Mais um excelente e inteligente diálogo.
Concordo que a quebra de regras, em alguns casos, propiciou a chegada a mares nunca antes navegados, mas, de regra, regras foram feitas para serem respeitadas, caso contrária a anarquia
se instalaria.
Tanto o passado quanto o futuro estão fora do nosso alcance e
somente temos o presente para cuidar e viver. Se não cuidarmos do presente não haverá futuro. O futuro é construído no presente. Enquanto se procura desvendar enigmas futuros o presente é relegado.
"Eu só tenho que cuidar para não causar uma fissura no tecido da realidade, ao me encontrar com meu eu futuro".
SENSACIONAL, JACQUES!
Obedecer as leis do Universo é prudente e sábio.
Obrigada pelo carinho de sempre.
Ótimo final de semana.
Grande abraço.
Agradeço sua visita sempre gentil
ResponderExcluirdesejo um final de semana cheio de muito amor
E seus post vale a pena ler e aprender, e a dar
valor gostei de tudo como sempre
Abraços
Rita!!!!
Olá Jacques,
ResponderExcluirRetornando de férias e eis que venho aqui me deliciar com mais um texto muito bacana!
Rolei de rir aqui com as possíveis invenções do futuro citadas pelo Dr. "Desacidificador de laranja" é o máximo, rsrsrsrs...
Abraços, Flávio.
--> Blog Telinha Crítica <--
rs
ResponderExcluirAdorei!
Essa cena foi excluída...que pena; eu su do presente, e as "regras se são pra criar "se não faz mal à humanidade...que se danem!
Li um comentário q adorei(sou ligada nos comentários ..."Marcos Mariano, esse é dos meus ¨¨ muita informação...(? /rs
Olá caro amigo,
ResponderExcluirGostaria de parabenizá-lo pela tamanha criatividade, seus textos realmente são incríveis, este sem dúvida alguma é brilhante!
Saudações
Olá Jacques.
ResponderExcluirMuito bom,post divulgado no Portal Teia.
Até mais
Oi Jacques,
ResponderExcluirAo mesmo tempo em que lia esse seu brilhante texto, eu ia imaginando as cenas desse filme: "De volta para o futuro"... Como foi bom recordar...
Se "quando produzimos conhecimento não precisamos de regras", mais um motivo para não nos afligir com o que virá posteriormente. Afinal, se assim é, não estamos presos às regras, mas somente aos resultados do que produzimos. Ou seja, iremos caminhar para um futuro incerto, mas possível de ser imaginado, pelo andar das invenções e das consequências do progresso. Pode não haver regras, embora hajam limites a serem respeitados. Assim, todos produzem dentro de um padrão aceitável, mas de maneiras diferentes.
Enfim, e se lá na frente pudermos usar essa tal camiseta, com esses dizeres: "sou do passado, mas sou legal", então, será sinal de que os inventos valeram à pena e serão/estarão preservados. Nada e ninguém os modificará até que sejam substituídos por melhores invenções.
Pensando bem, deu para fazer uma boa "viagem", ao ler esse seu texto..., rs
Beijos e boa semana...