segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Arremedo de medo



- Olha só, os clássicos “Invasores de Porcos” e “O Monstro da Canoa Negra” irão ganhar remakes. E pensar que eu morria de medo destes filmes quando era criança.

- Eu lembro. Nossa mãe usava isso pra fazer você comer brócolis, he, he.

- Isso não é engraçado, sabia?

- Claro que não! Desde quando comer brócolis é engraçado? A não ser, é claro, que seja feito por um profissional do humor, como o Mr. Bean, Jerry Lewis ou alguém com a coordenação motora de um tsunami.

- Não! O que não é engraçado é se rir do medo alheio!   

- É? Vai dizer que você nunca ri quando vê alguém levar um susto?

- Bem, eu...

- E vai ver estas novas versões? Quem será que os aliens invasores simbolizarão desta vez? Os acionistas fraudulentos, os viciados em karaokê ou os vendedores de polidor de automóvel que interrompem seu programa favorito na tv? Não vai me dizer que... Está com medo de responder?

- Claro que eu... Espere aí, que negócio é esse de simbolizar?

- Simples, no filme “Invasores de Porcos”, feito na década de 50, em pleno macartismo, os aliens representavam os comunistas e estrangeiros que, teoricamente, estavam infiltrados nos EUA, minando o país por dentro. Como se aquele país não tivesse sido construído por estrangeiros. Vai entender.

- Infiltrados? Tipo... Aquele pacotinho de catchup que está irritantemente entremeado no meio dos de mostarda? Fica parecendo que ele está dizendo algo como “Ei, olha eu aqui! Não me pega, bobão!”.

- Mais ou menos isso.

- Ainda não entendi. Então quer dizer que, se eu sonho com um doberman mais furioso do que figurante de filme do Chuck Norris fazendo hora extra me perseguindo, eu na verdade estou materializando meus medos interiores e irracionais na forma do pobre cão?

- Sim.

- Mas eu gosto de dobermans!

- É por isso que é irracional, entendeu?

- Entender como, se é irracional, ou seja, além da razão?

- Medo é assim mesmo, incompreensível!

- Incompreensível e eterno, pelo jeito.

- Sim, enquanto os humanos existirem, o medo os acompanhará.

- Eu quis dizer que, com esses caras criando estes filmes mais assustadores do que coletânea de discurso do Fidel Castro, as pessoas continuarão sentindo medo. E uma dúvida: o que simboliza o Monstro da Canoa Negra? O lado perverso e amoral do ser humano, que destrói a Natureza em prol do lucro fácil e da ganância desmedida?

- Não, ele é só um monstro mesmo, criado com o objetivo de se fazer um filme de monstro. E, sinceramente, as pessoas que aparecem no filme dele metem mais medo que ele.

- Verdade. Acho que, conforme crescemos, vamos superando os medos antigos e criando outros.

- Mesmo? Tipo o quê?

- Medo dos remakes de clássicos ficarem de dar medo pelas razões erradas.

- Isso é bem verdade.

- Hmmm... E será que o medo é parte daquilo que nos faz humanos?

- Talvez. Mas acho que, se perdermos o medo de tudo, perdemos nossa humanidade e, desta forma, nos tornamos piores do que qualquer monstro que possa vir ou não a existir.

- Hmm... Piores do que aqueles feitos em filmes amadores de festa de formatura de cunhado, em que as pessoas estão sob forte efeito de substâncias potencialmente nocivas à sua capacidade cognitiva, como refrigerante em oferta misturado com molho de pimenta e quibe requentado?

- Sim.

- Medo disso acontecer.

42 comentários:

  1. Jacques, caro guri de Pelotas!
    Retorno com toda calma que teu trabalho merece, tá bom?
    Vi em algum blog, não me lembro qual, que você citou o filme 'Um convidado trapalhão'! Jacques, é a comédia da minha vida. A assisti quando ainda morava em Pelotas, num cinema do centro e eu tinha 5 anos. Depois revi diversas vezes, e hoje tenho o DVD.

    Mas retorno!
    Grande abraço!

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    1. Foi no Sublime Irrealidade que ele citou o filme Cissa! rsrsrs

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  2. Olá!Bom dia!
    Tudo bem por aqui?
    Jacques!
    Belo e peculiar texto!
    é verdade... o único sentimento que aparecia quando nós assistíamos alguns filmes, quando crianças, era o medo, e muitas vezes cenas tão "reais" a ponto de me contagiar.
    O medo até certo ponto é saudável, nos impede de colocar nossa vida em risco. Mas quando se torna exagerado é muito prejudicial, pois a pessoa começa a deixar de fazer muitas coisas, passa a ter dificuldades até pra conversar com alguém, e daí é hora de procurar especialistas...
    Boa semana!
    Abraços

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  3. O medo é tão intrínseco à humanidade, que até vira crônica, e que show! Há medos que paralisam e que nos impelem à frente. Cabe a cada um tomar cuidado com seus medos.
    Adorei o texto, estou virando sua fã! (rsrs) Até.

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  4. Oi Jacques. Os medos que enfrentamos na vida, muitas vezes são mais fortes que os medos de monstros, e podem paralizar-nos e não nos deixar viver.

    Obrigada pelo comentario no meu texto. De facto, a vida coloca-nos em situações, complicadas, mas se levarmos com algum humor, fica mais fácil.
    Um abraço.
    http://falandocomosmeusbotoes.blogspot.com

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  5. Jacques, guri de Pelotas!
    EXCELENTE!

    Putz! Coletânea de discurso do Fidel é assustador mesmo:) Na nossa versão dos Pampas, seria os discursos do Brizolla.

    Medo mesmo, hoje tenho do filme: 'OI, a volta dos mortos VIVOS da TIM'. Porque, vamos combinar..., difícil acertar uma operadora, heim?

    Mas a questão do medo, quando não vira fobia, ou seja, quando não impede que a pessoa faça as coisas, tudo bem; caso contrário, já é patologia.
    Nada existe por acaso, nem o medo; se ele não existisse talvez toda a Humanidade tivesse acabado lá nas cavernas.

    Perfeito, texto, Jacques!
    Beijos!

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    1. Sobre 'Um convidado bem trapalhão'... que filme!
      O garçom ganha todas as cenas que aparece, mesmo contracenando com o Peter Sellers. E é Blake Edwards!
      Esse diretor era gênio em cenas coletivas de festa, por exemplo, e tu podes observar que além do primeiro plano, existem ações em segundo e terceiro plano, e tudo ao mesmo tempo, reparou?
      Abração, amigo!

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  6. Olá, Jacques!
    O medo ronda pra tudo quanto é lado, não é?
    Principalmente quando querem obrigar as crianças a comerem brócolis. (rs)
    Quando ele não existe, alguém os cria para nós.
    Medo de meteoro cair em nossa cabeça...
    Medo de todo jeito...
    Mas quem cria o medo nos outros também deve ter medo.
    Controle individual e controle coletivo, através do medo, através de criações mentais inexistentes muitas das vezes, isso é muito mal.
    Há também quem goste de sentir, ou enfrentar algum medo, por isso há tantos filmes de suspense e de terror, feitos por especialistas em conseguir audiência, explorando os medos coletivos.
    No final das contas seu texto está bem pertinente ao que acontece conosco no dia a dia da vida.


    Um abraço, amigo.

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  7. Olá!Boa noite!
    Jacques...só para agradecer a gentileza da visita e desejar uma ótima quarta feira!Obrigado!
    Abraços

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  8. Amigo Jacques,
    Se ganhar remake é mesmo arremedo do medo.
    Esses filmes, realmente, são o bicho-papão da criançada e fizeste bem a analogia com brócolis, pois elas têm verdadeira fobia de verduras.
    O medo é um sentimento primitivo causado, muitas vezes, pela falta de conhecimento de algo, mas a finalidade básica é garantir nossa sobrevivência.
    Esses clássicos merecem ser uma versão com recursos modernos.
    Realmente o medo alheio é cômico, enquanto o nosso é trágico.

    Amigo, o texto é muito interessante e engraçado como somente tu sabes engendrar.

    Abraços.

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  9. Acho que todos nós temos um pouco
    de medo de alguma coisa, e criança
    mais ainda..até se sentirem bem protegidas
    Mas quando temos sabedoria, trabalhamos melhor
    com isso
    Um post que valeu a pena adorei
    Abraços
    Rita!!!!

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  10. Ah esqueci de dizer....Minha neta
    ama de paixão Brocólis srsrrs

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  11. Oi Jacques
    Eu não vi nenhum dos dois filmes, mas seus diálogos continuam ótimos, sempre rendem boas risadas, mas com um fundo de verdade, é só ver nas entrelinhas. Adorei, como sempre.
    Bjão. Fique com Deus!

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  12. OLá Jacques , boa noite!!

    Apesar de gostar muito de filmes, e assisti-los sempre que me possível, eu evito alguns do gênero assustador, Rsss. Vai saber os motivos, não é mesmo? kkkkk...
    Mas, com esse texto dialogado, incrível como todos os anteriores que já apreciei, você abordou o Medo, que é uma das emoções que faz parte da nossa humanidade por vários motivos, e um deles, é estarmos regidos pela Lei de Conservação, que nos faz defender a própria vida, de forma irracional. Quando o "medo", surge em situações que aparentemente nada tem a ver com a preservação do nosso existir, é porque está ligado, possivelmente, a conteúdos do subconsciente, que malgrado nosso, é o que dirige as nossas ações no dia a dia. Quem sabe, não sejam os filminhos ou historinhas de "bicho-papão" da infância? Mas, eu penso que se buscarmos a origem dos nossos medos, iremos constatar que todos eles, deve ser do medo de perdermos a própria vida.

    Como sempre, te digo da minha admiração por abordar temas de importância, de uma forma sutil, bem humorada e inteligente.

    Linda noite pra todos nós!!

    Beijos da Lu...

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  13. Sentir medo não é legal, mas se não fosse por ele agiríamos sempre no ímpeto, sem ponderar nossas ações. Isso com certeza seria bem perigoso para nós para quem estivesse por perto.
    Já quando o medo é superado, há toda uma preparação, um amadurecimento que leva a uma condição melhor como pessoa.

    Abraço. Tenha uma boa semana.

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  14. Comer brócolis é bom, ruim é beber refrigerante sem gás.
    Rir da desgraça dos outros sempre é melhor que as nossas. rsrsr
    Gostei do texto.
    Beijos!!!

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  15. Olá querido amigo,
    Sabe quando se é criança e se tem medo de bicho papão, mas não tem medo de correr na chuva? Pois é depois de adulto não se tem mais medo do bicho e morre de medo de molhar-se. Legal este dialogo, adorei. Hoje temos medo de viver, de se ariscar e tentar o novo, mas adoramos brócolis.Beijinhos e obrigada pela visita.

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  16. Ainda bem que as gerações mudam, onde algumas coisas evoluem...rs...
    Aqui em casa, as minhas filhas não morrem de amores por brócolis, como eu o pai delas, mas comem e sem pressão terrorista...rs
    E sobre filmes de terror, já é o inverso, eu e o pai não gostamos muito, enquanto elas adoram. Sapequinhas destemidas.
    Jacques, eu sou péssima companhia para assistir a filme de terror. Sofro, grito, choro... kkkkkk
    Seu texto é muito bacana, entra por uma linha, pega outra e vem outra... faz a gente pensar, viajar junto. Gosto disso.
    Gostei de estar aqui e carinhosamente agradeço a sua visita.
    Estou seguindo e recomendando seu blog. Abraços,
    Theka.

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  17. Oi Jac,

    Tudo bem? O seu texto começou me lembrando de uma história que os meu primos contavam aqui no Nordeste do "papafigo". Essa figura era um home deformado que precisa comer fígados para sobreviver. Durante anos, nos escondíamos em cima de um medo fictício, mas funcionava. Hoje o medo passa por fobia, ansiedade ou até a depressão como a síndrome de panico. Mas vejo também os medos significantes que seriam aqueles que sabemos que podem ser reais, não a ameaça da bomba de Fidel, mas a crise do capitalismo que assombra os países e podem realizar desgraças no consumo mundial.


    Bom final de semana!

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  18. Jac, será que agora eu consigo comentar? Tentei duas vezes nos últimos dias e NADA de conseguir!

    Rapaz, vamos combinar, né!? Vc fez lembrar que os remakes me deixam sempre com os dois pés atrás! Afinal, raramente prestam! Já me decepcionei horrores com os tais…
    Sobre o medo… vc descreveu perfeitamente!!!! Eiaaaaaaaa...

    bjks JoicySorciere => CLIQUE => Blog Umas e outras...

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  19. Assim como o amor, o medo é um sentimento que nos faz humanos, como você mesmo descreveu. Uma pessoa sem medo é capaz de tudo, e eu tenho medo dessa pessoa hehehehe
    Medos de remakes, aliás a maioria é um lixo, por isso não assisto muito a isso heheh
    Grande abraço

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  20. Boa tarde Jacques. Ontem tentei comentar e não foi. Continua tendo problema para postar ou já resolveu o bug?
    Seu texto me lembrou um trecho de uma música do The Wall do Pink Floyd, Mother. O trecho diz que a mãe tornará todos os seus pesadelos realidade e colocará todos os medos dela em você. E isto sabemos que acontece, mesmo que seja, como menciona em seu texto, irracional.
    Muitas mães com o intuito de educar ou até mesmo superproteger, acabam lançando tantos dos seus temores em seus filhos que os mesmos, por vezes, não conseguem mais tarde se libertarem desta "herança" sem um tratamento, ou tornam-se pessoas totalmente inseguras, medrosas, fóbicas.
    Eu sempre considerei os filmes de terror válvulas de escape para lidar com meus medos, isto desde muito cedo, talvez Freud explique, mas foi enfrentando os filmes que todos consideravam "terríveis" para uma criança, que eu me desafiava. Precisava sentir o medo, como uma catarse e depois, com o tempo, aquilo foi ficando banal e já não houve mais nenhum filme que me assustasse com o passar do tempo.
    Assisti Halloween II do Rob Zombie no cinema e, enquanto pessoas viravam a cara ou gritavam, ou até riam, eu assistia indiferente. Preciso de uma nova válvula de escape, pois tem razão, os medos infantis são diferentes dos medos depois de crescermos. Hoje o que mais temo não é o fim do mundo ou uma terceira guerra mundial, o que mais temo, além dos péssimos remakes, é a maldade de pessoas com que posso estar convivendo e nem saber.
    Excelente texto, como todos do Relativa Seriedade.
    Até mais parceiro.

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  21. Olá Jacques,

    tudo bem?

    Os teus textos são sempre fixes e existe sempre uma mensagem nas entrelinhas, além de ter também o bom-humor.

    Neste sinto que a mensagem tem duas nuances, duas perspectivas.

    1. Não devemos abolir todos os nossos medos, porque ao fazermos isso, podemos tornar-mo-nos egocêntricos o bastante, ao ponto de cometer erros que podem magoar pessoas.

    2. Devemos enfrentar alguns dos nossos medos, porque ao enfrentá-los ganhamos consciência e crescemos. Amadurecemos com nossos erros.

    Conclusão devemos ter um meio termo na vida, pois "nem tanto ao mar, nem tanto à terra".

    Beijos e obrigada pelos comentários,

    Cris Henriques

    http://oqueomeucoracaodiz.blogspot.com

    P. S. - A tua opinião é sempre bem-vinda.

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  22. Oi Jacques! A pedagogia do medo ainda impera mais do que deveria. Medo da violência, medo de perder o emprego, medo de ser criticado, medo do fim do mundo. E assim a vida passa e os medos ficam. Abraço e ótimo fim de semana!

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  23. Jacques, gostei muito do tema que você abordou e o ângulo que usou. O medo creio que faz parte da autopreservação do ser humano. Sem medo, ele morreria rapidinhooooooooooo.
    Deixamos de ter medo de do mundo fantástico dos monstros para ter medo do mundo capitalista, medo dos relacionamentos, medo de coisas que nos ferem a alma.
    O diálogo que traçou como sempre é muito gostoso de ler!
    beijokas doces e um bom fim de semana.

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  24. Ola Jacques, cara nunca tinha ouvido falar de nenhum desses dois filmes, sou muito fã de filmes de terror, mas hoje em dia eles não me dão mas tanto medo. Medo mesmo eu tenho quando ouço que vão lançar algum remake de clássicos que me davam medo no passado, como foi o caso do filme A hora do Espanto.
    Como vc bem colocou, as vezes o medo maior é de que eles acabem com as boas lembranças que temos desses clássicos. Por que a verdade é, que existem alguns clássicos, não devem ser mexidos, devem ficar guardados exatamente no lugar onde estão, nas lembranças e nos nossos arquivos. Mas parece que a moda agora é fazer filmes de Super-Heróis e remakes.
    As vezes eu tenho a sensação que ta faltando criatividade em hollywood.

    Abraços

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  25. Olá Jacques,
    Creio que o medo é um dos sentimentos mais necessários ao ser humano, pois graças a ele nos superamos e buscamos alternativas e assim evoluímos enquanto sociedade.
    Tive que rir aqui com o tal sachê de ketchup... Já presenciei essa cena várias vezes!

    Muito bom.
    Abraços, Flávio.
    --> Blog Telinha Crítica <--

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  26. Meu querido amiga
    Amei ler o gostoso texto. Vc é uma pessoa fabulosa em escrever com o coração.
    Grata pela visita.
    Estou tentando aos poucos arrumar o meu cantinho.Depois de alguns problemas que me aconteceram.Um feliz fim de semana.
    Ana Brisa

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  27. O medo faz parte do crescimento do se humano.... Se não setíssemos medo, já imaginou? Talvez não tivéssemos limites.... Belo texto! Um abençoado e feliz final de semana!
    Abraço carinhoso!
    Elaine Averbuch Neves
    http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/

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  28. O medo está muito bem colocado no seu texto bem contado.
    Nunca vi os filmes, mas tive muito medo de outros que assisti quando criança. Hj, às vezes, tenho mesmo é pavor da violência explícita em alguns deles. E tem até deles, de vampiros, que fazem como se fosse bonito e atraente perder a humanidade... e o pior é que as pessoas ainda chamam de lindo.
    Medo tenho, mas tento mant~e-lo em equilíbrio.

    Bjos e bom fim de semana!!

    Jacques, no Facebook tô aqui: http://www.facebook.com/AmorAcordadoBlog?ref=hl

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  29. Você tocou em um assunto interessante Jacques, que a a forma com que às vezes buscamos significados em determinada obra que está tão somente no nosso olhar e não no conceito original que ela traz consigo, percebo isso em diversas resenhas, até mesmo nas minhas e até acho algo legal, pois acredito que a obra de arte é na verdade o resultado da interação entre o conceito original e aquele trazido por quem a aprecia. Sobre os remakes, eles me dão medo mais do que os originais e geralmente o susto que eles provocam vem da falta de qualidade e da explícita proposta de ser tão somente um caça níquel. Curiosamente, durante esta semana li que vão fazer um outro remake de "Carrie a Estranha", me pergunto, pra quê?

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  30. Meu amigo Jacques!

    Como sabe, é muito agradável lê-lo. Pois assim é o estilo de sua inteligência, quer dizer: um misto de irrelevâncias com coisas de fato importantes e profundas. Parabéns por ser da sua maneira Jacques!

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  31. Lembrei de um filme que tinha pavor agora não vou recordar o nome, mas a menina caia dentro de um poco e morria, depois ela veio avisar o amiguinho quem tinha feito isso e ela chamava Alexandre...alexandreeee, affff kkkk até hoje arrepio, filme de terror me lembra criança, pode ver toda cena assim tem uma kkkk, mas o final do seu texto foi hilario medo de festa de formatura kkk

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  32. Olá, Jacques!
    Impossível discordar dos argumentos desse texto.
    Também acho que os monstros são os frutos de nossos medos e são completamente irracionais. Nós os criamos porque gostamos de senti-lo e bem lá no fundo, em algum canto escondido de nosso inconsciente, nós sabemos que não podemos ficar sem ele.
    O nosso maior medo é perder o medo. Se isso acontecer, nós é que seremos os verdadeiros monstros.
    Um grande abraço e bom domingo!

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  33. Oi Jacques

    adorei a sua reflexão sobre o medo a partir de suas espetaculares crônicas-diálogo.

    O medo que protege, se exceder paralisa, inviabiliza e faz sofrer.

    Não assisto filme nenhum que me faça sentir medo.

    Beijos

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  34. Jacques, os pais se aproveitam de receios dos filhos para fazer chantagem e obrigá-los a assumir atitudes saudáveis, como se alimentarem de legumes e verduras. E depois passam a censurá-los quando percebem que sentem medo. Fico até pensando se esse não é o primeiro passo para conhecermos esse sentimento devastador.
    Insegurança diante de fatos novos que a vida apresenta são normais e nem a chamaria de medo. Mas, ainda que assim não fosse, é o medo que nos faz refletir antes de uma caminhada tida como perigosa.
    Quanto aos filmes, gosto demais dos de terror, assim como de livros do gênero. Não me refiro àqueles onde o sangue jorra pedaços de pessoas são expostos, mas aos que nos deixam em suspense (rss). Esse medo, já superei, pois não dormia quando os assistia. Em outros tempos (heheheheheh). Bjs.

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  35. Jacques, como foi bom recordar de Jerry Lewis...!! Eu amava assistir os seus filmes e seriados. Sempre me divertia muito com aquele jeito desengonçado que ele representava...
    Verdade, para amenizar o medo, só mesmo brincando com ele, isso se caso, ele não estiver sendo aplicado como meio de defesa. Afinal, o medo também nos torna precavidos e cautelosos. O que é bom, sem exageros. Beijos e boa semana...

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  36. Olá Jacques,

    Suas abordagens são sempre muito interessantes e divertidas.
    O medo desejável é aquele que funciona como alerta de perigo e que nos ajuda na autopreservação. Qualquer outro tipo de medo já poderá cair no terreno da patologia e exige cuidados especiais.
    Sou contra os pais colocarem medo nos filhos para fazer com que cumpram com as suas obrigações. Com certeza estes passarão por período de estresse com relação ao medo.
    Medo eu tive quando assisti "O exorcista", o primeiro filme da espécie. Fiquei um tempão sem conseguir dormir direito. Hoje, tais filmes jã não mais me assustam, pelo contrário, adoro os que trazem muito suspense.

    Grande abraço.

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  37. Oi Jacques

    Sempre me divirto aqui.
    O medo faz incutir o medo também nos outros. Obrigar a criança a comer brócolis por exemplo, para prevenir contra doença. Agora filmes de terror não me amedrontam, não recordo mais dos que assisti. Acho que fiquei com certo temor de O bebê de Rosemary.
    Um lindo dia para você.

    Bjs.

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  38. foi bom mais poderia ser um pouco mais istranha

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  39. foi bom mais poderia ser um pouco mais asustador

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  40. Legal. Jacques, não sou uma pessoa de muitos comentários, sou assim, desculpe. Gostei do post e se não fosse o medo, creio que a humanidade seria um fiapo hoje...
    A partir de agora fico por aqui, gostei do blog e do que escreves.
    Um beijo...

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