sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Amor, ilógico amor
- Amor? Amooor?
- Hein? Sim, querida?
- Você acha que eu estou mais gorda?
Silêncio sepulcral.
- Querido? Não me ouviu?
- Hrrscmmfrsnsnchs...
- QUÊ?
- Desculpe, amor. É que eu resolvi apenas responder sua pergunta sem respondê-la já que, se eu disser que sim, você ficará magoada comigo, e se eu disser que não, você achará que eu estou mentindo. Então...
- Então resolveu não me responder. Isso lá é coisa que se faça por quem se ama?
- Talvez não, mas...
- AHHHH! Admitiu, né?
- Coisa que se faz por amor é aturar o seu irmão, o Adalto.
- O que é que tem ele?
- O que é que... Querida, o cara tem um ego maior do que o rosto da Cléo Pires!
- Não é bem assim, não.
- Dizem que o Roberto Justus tem uma pulseirinha onde está escrito “O que Adalto faria?”, para as horas mais difíceis.
- Ah, tá.
- E que usam o ego dele pra calibrar o Google Earth.
- E quem foi que disse essas coisas absurdas, han?
- O pessoal da internet, querida. Eles são fogo.
- Sei. O “pessoal da internet” é? E sabe o que é que eles dizem sobre o seu primo Péricles?
- O Peri? O que tem ele? Bem. Confesso que ele é meio... Excêntrico.
- Excêntrico? Pffff. Ele é tão chato que conseguiu ser expulso do Google!
- Não é assim, não.
- Dizem que quando a polícia do RJ pretende lançá-lo de pára-quedas sobre um morro controlado pelo tráfico pra afugentar os criminosos. Há o risco de se traumatizar algumas crianças e alguns civis morrerem pisoteados, mas.
- Ah, não exagera.
- E dizem que prenderam um dos chefões do tráfico, o Marcão Boca de Suvaco, assim; chegaram próximos ao barraco onde ele estava encurralado e berraram no megafone “Aí Marcão, eu tenho o Péricles Almeida Prado. É. Aquele mesmo. Ele está aqui comigo, e eu não tenho medo de usá-lo! Se você não se render, eu peço pra ele te contar uma piada...”.
- E...
- E o Marcão não teve dúvida, se jogou através da janela e se ajoelhou aos pés do primeiro policial que encontrou. Ficou tão feliz de ter conseguido não ouvir a piada do Péricles que só viu que tinha perdido um olho cortado pelo vidro seis horas depois. Mas nem ligou.
- Mas que bobagem, hein?
- Foi o “pessoal da internet” que me contou querido.
- Aaaahhhh... Você é que tem birra do pessoal da minha família.
- Não tenho não.
- Tem sim, admite!
- Não, seu insensível!
- Sim, sua teimosa!
- Ai, Ai. Essa nossa discussão está completamente sem sentido, querido.
- Como se o amor tivesse algum sentido, cabeçuda.
- Hmmmm... Isso foi uma espécie de epifania?
- Epifania? O que é que é isso? Parece nome de cantora de MPB. “E com vocês agora Maria Epifania, cantando o sucesso de Toquinho e Vinícius...”.
- Deixa pra lá, meu fofinho.
- Fofinho? Você acha que eu estou mais gordo? É isso?
Silêncio sepulcral.
- Amor? Amooor?
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ASUHShuaSuhsAUHASHUSuhUASHASUHASUHASUHAUHS
ResponderExcluirMuito bom! =D
http://rasaltitante.blogspot.com/
kkkkkkkk
ResponderExcluirrealidade pura, meu namoro, na fase mais tensa !
É assim mesmo.
ResponderExcluirrsrsrsrsr
Beijos!"
Olá amigo Jacques!
ResponderExcluirÉ isso mesmo, o amor às vezes tem destas coisas e... doutras, às vezes também.
Parabéns! Gostei muito.
Respondendo: as bandas que mencionas também gosto muito, sou fã, sobretudo Queen e U2. ;)
Sim, estou melhor mas ainda em recuperação.
Obrigada.
Abraços, amigo.
Cris Henriques
http://oqueomeucoracaodiz.blogspot.com